Aprendendo com Eventos: The Town 2023
A última edição da Evnts News foi contando tudo o que o The Town prometia. Agora, na edição #32, vou contar para vocês como foi minha experiência por lá último dia de evento, dia 10 de setembro.
Lembrando que não estou aqui para avaliar as bandas (por mais que eu vá exaltar Bruno Mars em algum momento). Falaremos da estrutura e de tudo que funcionou e não funcionou por lá.
Trajeto e filas
Optei por ir no metrô semiexpresso da ViaMobilidade, iniciativa conjunta da prefeitura de São Paulo junto do The Town para facilitar o trajeto até a Cidade da Música.
Embarquei no metrô na Linha 9, na Estação Morumbi. Chegando lá, os seguranças fazem a leitura de um QR Code que você compra antecipadamente no site da ViaMobilidade e te guiam para o local de embarque, ao final da estação.
Como era semiexpresso, fizemos algumas paradas, como na Estação Santo Amaro, mas é bem mais rápido que o metrô “normal”. Importante ressaltar que o QR Code da ida é o mesmo para a volta, evitando filas e facilitando a entrada na hora de ir embora.
Inclusive, alguns policiais estavam animando a galera na estação e seus vídeos rodaram a internet, e eu estava na estação que eles trabalhavam. Se liga no vídeo!
Agora, pensa em um lugar cheio? Muitas pessoas foram de metrô, o que deixava o trajeto lento e a entrada devagar, mas nada que vale reclamar. Saí da estação no metrô de 13:08 e às 14:09 (de acordo com o horário da foto) já estava dentro da Cidade da Música, passando pelo portão de entrada, revista e ingresso.
Fiz um compilado de fotos pelo caminho para vocês verem que foi muito rápido pela quantidade de pessoas:
Para quem optou de ir de ônibus, carro ou aplicativo, a entrada era pelo P9 (a do metrô pelo P2), mas amigos que foram por lá disseram que foi super tranquilo também.
Fazendo um paralelo com reclamações de dias anteriores, tenho dois palpites:
- Reclamaram de barriga cheia;
- A organização conseguiu se ajeitar e melhorar a experiência até o domingo.
Mas a saída… essa foi mais chatinha. O corredor de saída era estreito pela quantidade de pessoas e ficou apertado para andar e ir embora. Problema, na verdade, que acontecia em toda troca de show.
Medina já deu uma entrevista ao G1 falando que esse foi o “calcanhar de Aquiles” do festival e já está conversando sobre obras com a prefeitura para resolver na edição de 2025.
“A gente já identificou isso e estamos trabalhando com a prefeitura nas próximas obras que estão planejadas, agora conhecendo o parque e vendo como funciona a circulação do público, para que isso não se repita, porque não é bom para ninguém e é desconfortável.”
Espaço, brinquedos e ativações
Interlagos todo mundo sabe que é gigante, mas achei o espaço bem aproveitado. Nada era extremamente longe, era possível atravessar tudo de maneira bem tranquila. O único gargalo mesmo era o que falei antes, as trocas de shows, onde o corredor era bem pequeno.
Já os brinquedos e ativações tinham filas enormes e, de verdade, não tive ânimo para enfrentá-las… assistir aos shows era meu objetivo ali, então preferi focar nisso.
Porém, era possível ver muitos stands, e diversos com brindes ou vendendo produtos e comida. Um que achei muito legal foi o da Volkswagen, que (pelo o que entendi) chamava o público para cantar ao vivo alguma música. Na hora que cheguei estavam cantando Shallow, da Lady Gaga. E cantando muito bem!
Fiz um vídeo um tempo depois em outra música. Você pode conferir aqui!
Confesso que queria ir na Roda Gigante para ter uma visão lá de cima, mas infelizmente o tempo era curto para tanta fila. Então fiquemos com uma foto dela de baixo mesmo.
Palco e acústica
A posição do palco Skyline, o principal do festival, foi alvo de críticas (e com razão). E ele era em uma parte mais alta do terreno, o que atrapalhou muito a visão de quem estava para trás.
Já o The One, o “segundo” palco principal, estava em uma parte mais baixa, facilitando e muito a visão de longe. Inclusive, achei o The One o palco mais legal do festival, tanto de visão quanto de decoração. Dá uma olhada:
Já os outros palcos eram sim muito bonitos, mas estavam sempre mais vazios. O New Dance Order, por exemplo, ficava literalmente do outro lado do Skyline, dando mais ou menos 1,5km de distância. Depois de um certo tempo, essa distância fica um pouco mais difícil de ser cumprida.
Já falando de acústica, era simplesmente perfeita. Nunca ouvi uma música tão nítida quanto no The Town. Era possível ouvir todos os instrumentos e voz dos cantores, independente do palco.
Já no Skyline, o “preço” disso foram duas torres enormes que atrapalhavam a visão do público. Algo precisou ser sacrificado, mas valeu a pena.
Bebida e alimentação
Sobre alimentação, a divulgação dizia:
“É permitida a entrada de alimentos com um limite de até 05 (cinco) itens por pessoa, com a recomendação:
– Alimentos industrializados devidamente lacrados (exemplos: biscoitos, torradas, barras de cereal etc.);
– Frutas cortadas e acondicionadas em embalagem transparente e não rígida, do tipo “Zip Lock”;
– Sanduíches acondicionados em embalagem transparente e não rígida, do tipo “Zip Lock”.”
Por causa desse número de alimentos liberados, decidi levar algumas barras de proteína e um chocolate, o que me segurou o show inteiro, então não precisei comer lá dentro.
O espaço de alimentação era um pouco longe do Skyline, o que achei que dificultou um pouco, pois chegar lá e voltar é sinônimo de perder um bom lugar para ver o Bruno Mars. De opção, tinham várias, mas os que mais chamavam a atenção era o MC Donald’s, a Domino’s e os ambulantes vendendo Cup Noodles e KitKat (esse eu comprei, paguei R$5,00).
Agora, o melhor de tudo eram os espaços de chopp da Heineken. Com R$18,00 você comprava o chopp + copo que serviria de refil. Reutilizando o copo, os próximos chopps saíam por R$15,00, ajudando demais na quantidade de lixo gerado. A Coca também tinha um copo assim, só não sei dizer se podia usá-lo para o chopp…
Uma coisa que eu não acreditava era que o stand de chopp da Heineken estaria vazio, e sim, estava! Não demorei mais de 2 ou 3 minutos para encher meu refil nas vezes que fui lá. Além disso, tinham ambulantes andando com mochilas de chopp geladinha ao longo de todo evento. Parecia um garçom de festa. Não beber era difícil.
App do evento
App simples e funcional! Tudo o que você precisava estava fácil de achar, além de reunir as principais informações de chegada, horários e um mapa do evento muito interativo.
Fiz um pequeno vídeo mostrando como ele é:
Considerações finais
Lembrando que tudo que falei aqui é referente ao dia 10 de setembro. Sei que houveram reclamações nos dias anteriores, mas está fora do meu alcance comentar sobre.
Em minha opinião, o The Town nasceu muito bem e tem tudo para ter uma segunda edição de muito sucesso em 2025 (que já está confirmada!).
Espero que tenha gostado da cobertura! Na próxima Evnts News voltamos com a programação normal. Até lá!